domingo, 31 de março de 2013

Líbano sem limites! (Parte I - Baalbeck)





Decidi que o primeiro post do blog seria sobre o Líbano. A razão: sou de família libanesa e simplesmente apaixonada pela cultura árabe. Eu já era fã dessa cultura mesmo antes de visitar Ras-Baalbeck, a cidade onde meu avô nasceu. Depois que viajei pra lá, descobri o porquê do meu fascínio por esse país, e resolvi mostrar aqui um pouco do que vivi lá.
Uma coisa que me deixa bem chateada é quando pessoas, com uma expressão incrédula no rosto, me perguntam: “Mas o que você foi fazer no Líbano?” ou “Pra que você foi lá?”. Tudo bem que essas pessoas não conhecem nem um pouco da história desse país, e sabem apenas o que vem da mídia, que na maioria das vezes é coisa ruim, relacionada à guerra, terroristas, etc, mas é triste o simples fato de acharem errado, ou um absurdo, você viajar para um país que está fora do roteiro da maioria dos brasileiros.
Bom, pra eu conseguir contar tudo o que vivi lá precisarei de vários posts. Farei isso, mas não de uma só vez. Primeiro, gostaria de apresentar esse país maravilhoso para vocês mesmo porque muitos não sabem nem onde fica. Portanto começarei com o básico.
O Líbano fica na Ásia ocidental, faz fronteira com a Síria e Israel e é banhado pelas águas mornas do Mar Mediterrâneo. Sua capital Beirute, conhecida como a Paris do Oriente Médio, abriga cerca de 2 milhões de habitantes.





 


Sua história é bem antiga. Há indícios de civilização por lá há mais de 7000 anos, o que torna a cultura, os museus e os monumentos de lá ainda mais extraordinários.
Visitei alguns lugares onde pude conhecer os milênios de história, e hoje apresento aqui no blog Baalbeck, ou Heliópolis para Gregos e Romanos, uma cidade localizada no leste do país, na qual abriga nada mais, nada menos que uma das maiores ruínas do mundo, alguma delas medindo mais de 60 metros de altura. É difícil de imaginar!

foto: http://vejprty.com/balside.jpg


A arqueologia moderna ainda não foi capaz de desvendar quando, como e o porquê os templos, que hoje são as ruínas, foram construídos. Porém, sabe-se que a arquitetura é de origem romana, e tem pelo menos 2mil anos.
É sabido também que Baalbeck foi construída para impressionar as nações do Oriente com o poder e a grandeza de Roma e também honrar aos Deuses Júpiter, Baal e Baco.

foto: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f6/Baalbek-Layout.jpg

Colocando um pouco a história de lado, quero contar o que senti quando cheguei lá.
É de tirar o fôlego. A beleza do lugar e o tamanho das ruínas é uma coisa impressionante. Quando comecei a explorar a plataforma onde ficam as ruínas tive um arrepio forte e uma sensação estranha. Senti-me voltando nos séculos de história e não conseguia para de pensar nas muitas coisas que já aconteceram naquele lugar, nas muitas pessoas que já passaram por ali, tanto na época em que os templos ainda estavam de pé, quanto nas que, assim como eu, ficaram boquiabertas com tamanha beleza e mistério. 
 
 FOTOS POR SULA MIANA



 


  








Olha nosso tamanhozinho ao lado do monumento.

Detalhes da arquitetura.


 Baalbeck por si só já é um motivo e tanto, uma razão mais que suficiente para visitar o Líbano. Porém não é a única. Não mesmo. Existem inúmeras razões, milhares de motivos, e muita coisa bonita nesse país. E eu, aos poucos, vou mostrando um pouco disso pra vocês...


Por Rane Miana

8 comentários:

  1. Amei! Já tinha visto algumas dessas fotos mas ver todas juntas assim me ajudou compreender melhor o tanto que as ruínas são grandiosas. Eu acho que nunca senti de forma tão intensa a sensação que você descreveu, mas tenho certeza que é o que sentirei quando eu finalmente conhecer Roma. :D
    Looking forward to more posts. :)

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    1. Aiiiii que bom Dani! Sempre tive muita vontade de escrever sobre viagens... Aproveitei o feriado pra comecar... Se voce quiser colaborar escrevendo sobre alguma viagem sua, feel free! :*

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    2. Então, o único lugar que conheço muito bem é Trancoso/Caraíva onde já passei quase uma dezena de verões. Caraíva é um lugar mágico, sem luz elétrica, sem ruas, próximo a uma aldeia indígena e onde tem chuva de estrelas cadentes toda noite. Um dia escrevo e mando pra você.

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  2. Raninha, eu não sei o que aconteceu com o meu primeiro comentário!!! hehehehehe!!! Vou tentar de novo só pra dizer que adorei a iniciativa, o post, e já virei seguidora!!! Quando as ruínas: de arrepiar!!! Beijos, Carol

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  3. YYYYYYYYYYYYEEEEEEEEEEAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!!!!

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  4. Nossa Rane, deve dar um frio na barriga mesmo!!

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  5. Soy de la familia miana de argentina..santiago del estero..quiero saber si somos familia..mi abuelo vino de balbek

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